1910. Era filha do Dr.
Carlos Honório de Figueiredo e D. Emília Dulce Moncorvo
de Figueiredo. Casou-se com Jerônimo Bandeira de Melo. Deste
enlace nasceu a escritora Cecília Bandeira de Melo, que
ficou conhecida com o pseudônimo de Mme. Chrysanthème.
Colaborou
no Correio da Manhã. Com o pseudônimo de Júlio
de Castro, publicou uma série de contos em O País.
Na Tribuna assinou artigos de crítica literária
como Leonel Sampaio. Usou ainda o pseudônimo de Mário
Vilar e como Célia Márcia escreveu no jornal Étoile
du Sud. Entretanto ficou conhecida por Carmem Dolores, nome
com que assinou suas crônicas de 1905 até 14 de agosto
de 1910, na coluna dominical "A Semana", na primeira
página de O País, jornal de maior tiragem
da América da Sul, na época.
Além
de jornalista, atuou na ficção: romancista, contista
e dramaturga, tendo se dedicado também à crítica
e à poesia.
Iniciou
sua carreira literária escrevendo contos e fantasias, como
ela mesmo relata em crônica de 3 de outubro de 1909. Estréia
na literatura com o livro de contos, Gradações,
de 1897. Seu livro de contos — Almas complexas — foi
publicado postumamente (1934). Deixou ainda o livro Ao esvoaçar
da idéia (1910), onde reuniu sete crônicas sobre
o divórcio: "Conversando...", "O divórcio",
"Um absurdo", "É irritante!", "Coisas
da atualidade", "O triunfo" e "Ainda".
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