musicista e atriz,
foi bisneta da Viscondessa de Nassau musicista e atriz, foi bisneta
da Viscondessa de Nassau, filha de Carolina de Oliveira Leonardo
e Vitorino José Leonardo - professor de música no
Instituto Benjamin Constant e afinador da Casa Artur Napoleão
e do Paço Imperial.
Desde cedo Luísa
estuda música e, aos oito anos, dá seu primeiro
concerto diante de seu padrinho D. Pedro II que, admirado, decide
custear-lhe os estudos na Europa. Permanece em Paris durante seis
anos: freqüenta o Conservatório de Música
e, ao formar-se, é consagrada como virtuose e primeira
intérprete de Chopin, tornando-se, em 1880, pianista oficial
da Real Câmara de Luís I, em Lisboa.
De volta ao Rio de
Janeiro e não encontrando muita receptividade como musicista,
passa a dedicar-se ao teatro. Estréia em 1885, com a Companhia
Fanny, no Teatro Politeama de Salvador.
Casa-se com o pintor
português Augusto Rodrigues Duarte, com quem tem dois filhos,
Saul e Vítor, falecidos ainda na primeira infância.
Quando enviúva retira-se dos palcos, mudando-se para Salvador.
Lá passa a lecionar canto e piano e escreve para jornais
e revistas do Rio, São Paulo, Pará, Pernambuco e
Bahia.
Como atriz, Luísa
Leonardo interpreta muitos papéis de peças importantes
como Casa de bonecas, de Ibsen, Dama das camélias
e Maria Tudor, de Victor Hugo, além de muitos outros,
criados especialmente para ela pelo dramaturgo e diretor de teatro
Francisco Moreira de Vasconcelos.
Depois da morte de
seu grande amigo Francisco, Luísa encerra sua carreira
dramática e perambula pela Argentina e Paraguai, dando
concertos. Retorna ao Brasil e fica quase na miséria, sendo
acolhida por um colégio de freiras no Rio de Janeiro.
De volta à Bahia,
torna-se grande amiga de Sílio Boccanera Júnior,
com quem casa em 1903. Ele, engenheiro, escritor, dramaturgo e
crítico, foi também autor da mais completa biografia
de Luísa, publicada na Revista do Grêmio Literário
da Bahia.
Sob o pseudônimo
Vítor Luís, Luísa Leonardo escreveu em A
Gazetinha e deixou abundante produção - prosa
e poesia - nas páginas da Revista do Grêmio Literário
da Bahia. Consta que, ao lado de Chiquinha Gonzaga, escreveu
também para o teatro musicado.
Foi muito prestigiada
pelo público de sua época e, especialmente, por
músicos e intelectuais como Carlos Gomes, Olavo Bilac e
Machado de Assis, de quem foi amiga. Além de peças
para revistas teatrais, para canto, violino, flauta, clarineta
e, sobretudo, para piano, compôs o Hino a Carlos Gomes
e também publicou o romance Gazel – em onze capítulos
na Gazeta da Tarde -, a peça Calvário
– cujo manuscrito foi enterrado com Francisco Moreira de Vasconcelos
– e vários poemas de influência simbolista.
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