professora primária Narcisa
Inácia de Campos.
1863 - Transfere-se
para Resende com a família.
1866 - Casa-se com
João Batista da Silveira, artista ambulante, de vida irregular,
de quem se separa alguns anos mais tarde.
1872 - Publica seu
primeiro e único livro de poesia, Nebulosas, que
alcança grande repercussão nos meios literários.
São poemas expressivos do Romantismo, que exaltam a natureza
e a pátria e relembram a infância.
1874 - Publica Nelúmbia,
contos.
Prefacia livro de
Ezequiel Freire e é elogiada por Machado de Assis: "As
flores do campo, volume de versos dado em 1874, tiveram a
boa fortuna de trazer um prefácio devido à pena
delicada e fina de D.Narcisa Amália, essa jovem e bela
poetisa (...)".
1880 - Casa-se novamente,
dessa vez com Francisco Cleto da Rocha, também chamado
Rocha Padeiro, dono da "Padaria das Famílias",
em Resende. Ajuda o marido nos primeiros anos, mas continua a
receber os amigos literatos em sua casa. Frequentam seus saraus
nomes famosos como Raimundo Correia, Luís Murat, Alfredo
Sodré e, inclusive, o Imperador Pedro II, que por ocasião
de sua visita a Resende, vai "visitar a sublime padeira,
por estar ansioso por lhe provar... do pão espiritual",
embora seja a poetisa fervorosa republicana abolicionista.
O segundo casamento
também não dura muito e Narcisa é forçada
a deixar a cidade que considerava sua terra, pressionada por campanha
maledicente movida pelo marido enciumado.
No Rio de Janeiro,
Narcisa Amália dedica-se ao magistério.
1884 - Em 13 de outubro
funda um pequeno jornal quinzenal, o Gazetinha, suplemento
do Tymburitá que tinha, como subtítulo, "folha
dedicada ao belo sexo".
Narcisa Amália
foi a primeira mulher a se profissionalizar como jornalista, alcançando
projeção em todo o Brasil com seus artigos em favor
da Abolição da Escravatura, em defesa da mulher
e dos oprimidos em geral.
1924 - Morre Narcisa
Amália, a 24 de junho, cega e paralítica, sendo
seu corpo sepultado no cemitério de São João
Batista, no Rio de Janeiro.
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