Verbete organizado
por:

Constância Lima Duarte e Diva Cunha

 



Palmyra Wanderley


Vida:

Palmyra Guimarães Wanderley nasceu no dia 6 de agosto de 1894, em Natal. Em 1914 fundou, juntamente com sua prima Carolina e outras jovens, a Revista Via-Láctea que seria a primeira feita por mulheres e dirigida ao público feminino, no Rio Grande do Norte. Esta revista circulou até o final de 1915 e cumpriu o importante papel de incentivar e divulgar a produção feminina do Estado.

Palmyra colaborou em diversos jornais e revistas de seu tempo, como A Imprensa, A República e A União, do Rio de Janeiro; Revista Feminina e Revista Moderna, de São Paulo; Paladina do Lar, da Bahia; e Estrela, do Ceará, entre outras. Em Natal colaborou em A República, A Cigarra, Diário do Natal e Tribuna do Norte.

Entre os pseudônimos que adotou, lembro Mirthô, Li Lá, Masako e Ângela Marialva.

Em 1918, a poetisa publicou seu primeiro livro, Esmeraldas e, em 1929, Roseira Brava, que obteve menção honrosa da Academia Brasileira de Letras e ampla repercussão nos meios literários do país. Apesar de irregular, Roseira Brava inova ao tentar escapar dos dramas emocionais do eu poético. A autora elege a cidade de Natal como centro de seu lirismo e tenta apreendê-la plasticamente em poemas que exaltam suas formas e cores luminosas, cantando sua fauna, flora e tipos representativos da terra.

Em 18 de novembro de 1978, Palmyra Wanderley faleceu, pobre e sozinha, em Natal.