Verbete organizado
por:

Luciana Fonseca

 



Rosália Sandoval

 

Vida:

            Nome: Rosália Sandoval Pseudônimo: Rita de Sousa Nascimento: Maceió - data ignorada. Filiação: Filha do Major Felicio Santiago de Abreu e D. Epifânia de Pontes Abreu. Irmã do poeta Sebastião de Abreu. Sua família era paupérrima. Idosa mudou-se para o RJ. Faleceu no Rio de Janeiro aos 80 anos, na Estação São Francisco Xavier, Sexta-feira da Paixão de 1956. Produção:Através da Infância (1918) Quando as Roseiras Floriram (versos) Cingo (poemeto) e volume de traduções de Poetas Americanos.

Acima, mostro os dados tal como constam no Dicionário Literário de Letras, publicado em 1978 por Raimundo de Meneses, sendo estas as primeiras informações sobre a vida dessa autora. Mesmo assim, não diz seu verdadeiro nome: Rita Rosália de Abreu, nem o ano de seu nascimento ou dá a referência completa do número de livros publicados de sua autoria. O único dado extra sobre a data de aniversário foi encontrado na Revista O Lyrio[1] (Ano I, ano de 1902), em comemoração ao dia 18 de julho pelo natalício da correspondente D. Rita Souza, seu pseudônimo.

Rosália, dedicou sua vida à produção literária e, como mulher, representou muito bem a sociedade alagoana. Chegou a publicar sete livros em tipografias e  mais dois mimeografados, alguns deles de cunho didático, como a gramática infantil Curso elementar de portuguez (1921), com temas por ela desenvolvidos para a prática de redação. Fez versos e escreveu contos, ensaios, crônicas, fábulas, anedotas, prosa poética intimista, crítica literária, histórias infantis, bem como traduções literárias. Teve por algum tempo, um espaço conquistado, um relativo sucesso como poeta e tradutora, fugindo de um estilo definido. Ficou órfã de pai ainda criança, e perdeu seu irmão que era poeta e patrono da Academia Alagoana de Letras, também muito cedo. Mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 20 e faleceu em 1956, ano em que já se registrava algum tempo doente. Rosália viveu por mais de meio século (1876?-1956) em seu ofício de professora, diretora de escola, "jornalista" e escritora na luta e conquista de seu espaço. Infelizmente, morreu (e ainda é) desconhecida.

 



[1] Nesta revista há quinze edições, segundo informações dada pela Profª Drª Luzilá Gonçalves Ferreira, pesquisadora da UFPE. Porém, infelizmente, ao conferir no catálogo de obras raras do acervo da Biblioteca Pública Estadual de Pernambuco, constatei a falta de alguns exemplares. Ainda assim, não foi possível identificar o número dos que faltaram, pois as edições reunidas se encontram em um único volume, identificando-se apenas como revista mensal, nas cores diferenciadas das capas e sumário.