14 de março
de 1963, vítima de um colapso cardíaco. Filha de
Otto Schloenbach e de Adelaide Augusta Dorison, Yde fez parte
de seus estudos na Alemanha. Poliglota, falava alemão,
francês, inglês, espanhol e italiano. Estudou piano
e canto. Poeta e cronista, ela começou a escrever aos 13
anos de idade, tendo seus primeiros poemas publicados em A
Tribuna, de Santos. Colaborou em revistas e jornais como O
Malho, Fon-Fon, Careta e Jornal das Moças,
tendo se utilizado muitas vezes dos pseudônimos de Colombina
e Paula Brasil.
Casou-se com Hanery
Blumenschein com quem teve dois filhos. Mais tarde, desquitou-se,
provocando um escândalo. Descrita pelas sobrinhas-netas
como uma mulher elegante, esguia e pequena em que sobressaíam
os olhos azuis, Yde foi vítima de críticas veementes
por parte de amigos e familiares que não aceitavam seu
modo independente de ser. Mulher emancipada para sua época,
vivia sozinha, fumava, freqüentava meios literários
e organizava serões em sua casa.
Sempre cercada de
literatos, em 1932, teve a idéia de fundar a Casa do
Poeta Lampião de Gás. À princípio
funcionando em sua casa, em 7 de novembro de 1948, a casa foi
oficialmente criada. No caso, a escolha do nome da casa foi uma
homenagem dos intelectuais que a freqüentavam à sua
idealizadora –o nome é o título de um de seus livros.
Yde foi uma de suas diretoras, tornando-se a responsável
pela edição de seu jornal mensal O Fanal.
Quanto à sua
poesia, o amor é o leitmotiv que perpassa pela grande maioria
de seus versos. No caso das trovas, preponderam versos que tratam
do amor de forma mais inocente. Todavia, em outros poemas, a forma
como rompe com as convenções burguesas ao falar
dos desejos carnais provocou a crítica impiedosa por parte
de muitos amigos e familiares. Um processo que eclode com o lançamento
de seu último livro, Rapsódia Rubra: Poemas à
Carne - livro composto de poemas eróticos.
Para comemorar seu
jubileu de poesia, o Clube dos Artistas e Amigos organizou uma
festa em 25 de junho de 1955, data em que Yde recebeu uma menção
da Assembléia Legislativa de São Paulo, tendo sido
mais tarde homenageada com o nome de uma rua – Rua Poética
Colombina, no Butantan. Patrona da cadeira número 37 da
Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul, ao longo
da vida Yde recebeu cognomes como "Cigarra do Planalto"
e "Poetisa do Amor".
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