Georgina Mongruel

Obra:
Em
sua poesia, todos os ruídos misteriosos da natureza se fazem
presente: o cascatear dos rios, o sopro do vento, mil tons de
verdes, cores, em folhas, palavras, vozes distantes no espaço,
vozes distantes no tempo, a História, a história, o último vôo
do condor. . . Falando de seus versos (em “La Dernière Chevauchée!”), uma desafiante Georgina pergunta:
Qual escola? A que escola eles pertencem? Imediatamente rebate
suas próprias indagações (que possivelmente não fossem cobrança
exclusivamente própria) com um poema no qual
esclarece: “O verso perfeito, classificado em uma Escola,
a ela subordinado, não tem sua alegria – poema sonhado em pleno
bosque, cuja rima desgrenhada é soprada pelo vento e entoada
pelos pássaros!” (excerto de “Quelle école?”). Estabelece,
desta forma, a assunção de uma postura que extrapola os limites
da instituição literária.
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