Violante Bivar

Vida:
Violante
Atabalipa Ximenes de Bivar e Velasco nasceu na Bahia em 1º de
dezembro de 1817,
e faleceu no Rio de Janeiro em 25 de maio de 1875,
filha de Diogo Soares da Silva Bivar e de Violante Lima de Bivar.
Seu pai foi membro do Conselho Imperial e primeiro presidente do
Conservatório Dramático do Rio de Janeiro. Casou-se com o
tenente João Antônio Boaventura Velasco.
Boa
conhecedora do francês, do italiano e do inglês, dedicou-se à
tradução de peças teatrais. A de Alexandre Dumas e E. Sue, O
xale de casemira verde,
lhe valeu a entrada para
o Conservatório Dramático do Rio de Janeiro. Fez crítica de
algumas peças para esta instituição, que detinha o poder de
liberá-las ou censurá-las. Tornou-se sua sócia honorária e,
segundo J. Galante de Sousa, é o único nome feminino que consta
dentre os sócios.
Segundo
seus biógrafos, dedicou-se ao canto, ao desenho, à música, e às
atividades literárias, sendo as principais o jornalismo e a tradução.
Violante é
considerada por Joaquim Manuel de Macedo, Afonso Costa e Barros
Vidal como a primeira jornalista brasileira, uma vez que a
fundadora de O Jornal das
Senhoras, o primeiro periódico feminino de que temos notícia,
Joana Paula Manso de Noronha, era argentina. Violante passou a
dirigi-lo em 4 de julho de 1852 até 1855. Em novembro de 1873,
funda O Domingo,
também do Rio de Janeiro, e o dirige até a sua morte.
Em 1859 publica, por subscrição, seu primeiro livro Algumas
traduções, com prefácio de Beatriz Francisca de Assis Brandão.
Violante
defende, timidamente, a igualdade intelectual de ambos os sexos,
enfatizando o papel da maternidade, vendo-a como um dom de Deus.
Estava consciente da idéia que supervalorizava a mulher-mãe,
vendo nela a figura da Virgem Maria. Reivindica o estudo para elas
dizendo que “os prazeres do estudo são talvez, os únicos que
lhe enchem completamente a alma”, mas não conseguia vê-lo como
um fator indispensável para a independência econômica feminina,
apenas que a mulher bem-educada estaria apta a melhor educar seus
filhos.
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